quinta-feira, 23 de abril de 2009

Viagem...Rio, aí vou eu!

Bem, são 3 textos da minha ida ao Rio... Um dentro do avião, decolando de Rio Branco, outro contando as palhaçadas e experiências vividas em 16 dias naquela cidade que eu tanto amava...
Vamos começar pelo começo, que na ordem do blog, vai ser o último...
"Nunca me senti tão ruim em sair de Rio Branco. todas as vezes eu eu saía era uma felicidade, e dessa vez tô saindo com uma trsiteza no coração...
Quando eu voltei pra Rio Branco, pra casa dos meus pais, voltei por uma série de problemas, que culminou no término de um relacionamento.
Minha vida no Rio era um tanto(muito) confortável, mas sempre dependendo financeiramente de alguém, seja avós, pais... Efim, tendo uma certa liberdade, que não significava independência... Tinha que dar satisfação, além de ter muitas responsabilidades...
Retornar a Rio Branco foi foda... Depressão tomou de conta. Só chorava. Amigos? ´Só os que tinha lá. Me senti só...
Aí vieram as farras... Achava a vida uma Merda, então vamos afogar as mágoas na cerveja!
Aí vovô faz uns contatos, e mais uma vez, preciso dele até pra conseguir um emprego... Me senti incompetente! Mas o salário era legal pro meu emprego! Pelo menos 3 vezes mais do que meus amigos ganhavam no Rio... Mas a depre insistia e se instalar...
As brigas na casa dos meus pais se tornaram constantes, me senti adolescente de novo... Ganhava meu dinheiro, mas tinha que dar satisfação da hora que chegava, com quem andava... Coisa de pais...
O então amor deixado no Rio veio ao Acre duas vezes, em uma delas fomos ao Peru, divertidissimo! Mas já não era a mesma coisa... Uma pessoa já havia mechido comigo, sei lá como, mas havia.
As bebedeiras eram constantes, com amigos e com esse ser especial... Daí não preciso falar que acabou rolando um algo mais, que vem perdurando há algum tempo... rs...
Fiz coisas na vida que jamais imaginei fazer, mudei conceitos, e comecei a me acostumar com Rio Branco...
Farras estavam acabando comigo, não rendia no trabalho, tava ficando feia a coisa... Engordei. Me sentia péssima. Veio esse anjo na minha vida e me tirou dessa fazer trash...
Resolvi me entregar a esse "amor"... Será que valia a pena? Tudo na vida é 50
5 de dar certo ou errado... apostemos nos 50% que vai dar certo!
Nesse meio tempo, um ano depois que cheguei, fui diagnosticada como Bipolar( já postei um texto sobre isso...)...
Roubaram meu celular novo. Bati o carro. Recebi o não da seguradora. Gastava de mais, cortei cartão, limite, cheque... Os nãos que nunca haviam sido me ditos, a vida começou a dizer... E como estava em acompanhamento com minha terapêuta, tudo foi meio digerido, na verdade empurrado goela abaixo... Mas vamos aprender a digerir sem maiores danos.
Comecei a me descobrir... Quem sou eu... Tava perdida... Namorei 5 anos uma pessoa, desde os 17, e me moldei a ele. Depois namorei outro que tambem me moldei a ele... Quem na verdade sou eu?!
Fui me descobrindo na terapia! que gostoso! Mudança de habitos, costumes...Um mundo totalmente novo!
Uma colega de trabalho, que eu conheci no primeiro dia que comecei o trampo, foi me ajudando também a sair da depre, me dando forças pra levantar, se tornou uma excelente amiga. Alias, no meu trampo todos são maneiros, há uma cumplicidade muito legal entre todos. E assim a vida segue.
Saí da casa dos pais... Meu ap é lindo! Cafofo!!! Pra lá levo quem eu quiser, saio e volto a hora que eu quiser... Tudo de bom!
Sair de Rio Branco, sem minha irã(minha eterna companheira de viagem), deixando meu ap que eu ainda estou de lua de mel, deixando o amor sozinho... Queria tanto que ele estivesse comigo!
Tudo bem, vou reencontrar os amigos, minha família carioca, pai, mãe 2, irmãos... Mas não queria ir nessas circunstâncias, e sim a passeio.
Mas vamos lá... Tô no avião, chorando feito uma boba (isso não é muito difícil..rs), Mas tá doendo... e nunca imaginei que ia doer tanto... Sair de um lugar que eu não gostava e ir pra cidade que eu tanto amei... E pra onde tanto quis voltar.
Hoje eu tenho o que eu não tinha no Rio... tenho minha independencia... coisa que pra eu ter no Rio, com o padrão de vida que eu tinha, jamais teria com o que ganho...rs... É bom demais bater no peito e dizer isso!
Tô me tornando um ser melhor! e espero do fundo do coração que essa ida ao Rio me dê mais forças pra alcançar meus objetivos...
Tomara que tudo dê certo!
Torçam por mim!
Enjoy!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Um Domingo Qualquer

Sei que vocês vão achar estranho, que eu sou corneteiro e ultimamente só falo em futebol e tal, mas domingo tem decisão e essa historia do Primo Rica me deixou realmente emocionado.

Era um dia frio, sem chuva. Seria um dia chato, não fosse o Maracanã lotado e a expectativa de um título. Ele não era fanático, sequer tinha visto o estádio lotado na vida, até então. Tinha 13 anos e torcia, timidamente, para o Palmeiras, apesar de morar no RJ.

Naquele domingo seu pai o levou na final. De bandeira, camisa e ingresso na mão, chegou assustado com a multidão. Entrou faltando 15 minutos pra começar e, quando olhou em volta, disse: “Pai, quantas pessoas tem aqui?!?”.

- Muitas, filho… uma nação inteira, disse o pai.

Aquela multidão explodiu em faixas, bandeiras e papel picado minutos depois. O garotinho se encolheu com medo e sentou. Com 1 minuto de jogo a torcida levantou e não deixou que o guri visse mais nada. Ele ouvia, sentia, mas não assistia.

Seu pai, rubro-negro fanático, não tinha muita esperança de que seu pivete palmeirense um dia se envolvesse com futebol. Jamais mostrou grande interesse, e só torcia porque tinha um amigo que era palmeiras.

O Flamengo saiu ganhando, mas não bastava. Tinha que ser com 2 gols de diferença, ou nada. Seu pai explicou que “faltava um”, e o garotinho não entendeu. Afinal… vitória não é vitória de qualquer jeito?

Sofreu um gol, e ele não tirou sarro do pai como sempre fazia. Ficou triste, como que contagiado pela multidão. O outro lado, 40% do estádio apenas, fazia barulho, e ele ouvia o silencio da nação a sua volta. Segundo ele, o silencio mais dolorido que já escutou na vida.

O Flamengo fez o segundo, e o garotinho, se envolvendo com o jogo, vibrou. Pulou no colo do seu pai e o abraçou como se fosse um legítimo urubuzinho.
Não era, ainda.

A torcida começou a cantar o hino, que ele sabia de cor de tanto ouvir o pai cantar. Pela primeira vez, cantou num estádio, e fez parte da nação. A angustia de milhares não passou em branco. Em mais alguns minutos o garotinho suava e já rezava de mãos grudadas ao peito.
O Flamengo virou, mas não bastava.

40 minutos do segundo tempo. Mesmo com 2×1 no Placar, a nação ouvia gozações do outro lado. Ele não entendia, e fez o pai explicar, mesmo num momento dramático do jogo.

Atencioso, o pai sentou e contou pro garoto que o Flamengo precisava ter 2 gols de vantagem, porque a vitória por um gol empataria a soma de 2 jogos, e o empate era do rival. Ele não entendeu bem, mas simplificou em sua cabeça: “Mais um e ganharemos”.
Opa… “ganharemos”? Ele não era palmeirense?

E então, aos 43 minutos, onde alguns já se mexiam na direção da saída, uma falta do meio da rua. Seu pai vibrou e ele questionou: “O que foi? Foi pênalti!? “
- Quase isso, filho!! Dali pro Pet é pênalti!!, profetizou o pai, ignorando a distancia da falta.

A cobrança… o silencio eterno de 1 segundo e a explosão. Gol do Flamengo! Petkovic! E seu pai o abraça como nunca abraçou em toda sua vida. Pula, joga o garoto pra cima, beija, chora…
O garotinho, numa mistura de susto com euforia, olha em volta e, de braços abertos, comemora em silencio um gol que não era dele.

Sem razão, ele chora. E chorando, abraça o pai que, preocupado, rompe a alegria e pergunta: O que foi? O que foi? Se machucou?
- Não… Eu to feliz, pai!
Sem mais palavras, o pai sentou e abraçado ao garotinho deu um abraço de tricampeão. O jogo acabou, e os dois continuaram abraçados.

A festa rolando, os dois assistindo a tudo aquilo emocionados, o garotinho absolutamente embasbacado com a cena, já que nunca havia visitado um estádio lotado, muito menos uma decisão. O pai olhava pro campo e pro filho, porque sabia que, talvez, aquele fosse seu único momento na vida onde teria a imagem de seu garoto comemorando um titulo do time dele.

E chorava, sem vergonha nenhuma de quem estivesse em volta.

O menino foi embora pensativo, eufórico. Em casa, contou pra mãe com uma empolgação incomum sobre tudo que viveu naquela tarde. E não falava do jogo, apenas da torcida. Iludido por uma frase, contou pra mãe:

- Aí, no finalzinho, teve um pênalti! E o Flamengo fez o gol…
- Não filho… não foi pênalti! Foi de falta.
- Mas você disse que foi pênalti…
- Era modo de falar…. hahahahahah
- Então, mãe… aí, o cara fez o gol e a gente foi campeão!!!

Pronto. Aquele “a gente” fez o pai parar de colocar cerveja no copo, virar a cabeça lentamente e perguntar, com medo da resposta:
- A gente, filho?
(silencio…)
- É pai! O Mengão!!!!!

Emocionado, o pai abraçou o garoto e não falou nada. Ali, seu maior sonho virava realidade. A mãe entendeu, deixou os dois na cozinha e saiu de fininho, enquanto o pai começava a contar de uma outra final que viveu em mil novecentos e bolinha, com toda a atenção do novo rubro-negro.
Hoje o garoto tem 21, completados há alguns dias.

Quando seu pai perguntou o que ele queria de presente este ano, a resposta foi essa:
- Dois ingressos, uma bandeira, a camisa nova e ver você chorando igual aquele dia.

E há quem diga que “futebol é bobagem”…

Abs,
RicaPerrone

Texto do Urublog, do Arthuzão

Tem texto novo no forno...

SRN

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Final de semana perfeito

Coisas que os homens realmente gostam: Sexo, Flamengo, Cerveja e Futebol (não necessariamente nessa ordem). Todos nascem assim, alguns degeneram


Final de semana perfeito!

SRN!


Ao som de Marcelo D2 - Desabafo

domingo, 12 de abril de 2009

Licença Médica com um pouquinho de relax...

bem, como não tenho médico todo dia... uma "praiana" não faz mal a ninguem... saca o visual!
tudo é bom, e com amigos é melhor ainda!!!
galera show de bola!!! Adorei!!!!
tá tudo de bom!
pena que está acabando...
mas outras virão! e na próxima combinamos de vir a galera toda!rs
na volta, posto algo sobre tudo, escrevi uns textos mas ainda nao pude passar pro pc...
Thalia! a vinda de vcs foi a melhor coisa q podia ter me acontecido... tava tão ruim sem ninguem!
to eperando seus posts sobre nossas aventuras!rs

Enjoy

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Se meu estômafo falasse...

Enquanto isso, no rodízio...

- Estômago: - Cara, manera aê com o que vai comer. Essa semana foi foda. Manda uns vegetais pra dentro, porque as coisas no intestino estão feias.

Primeiro prato (800g): Arroz, feijoada, cupim, picanha, coração de galinha e tomate.

- Estômago: - Tá de sacanagem, né? Duas rodelas de tomate? E essas carnes mal-passadas? Pelo menos mastiga direito essa porra.

Segundo prato (550g): Arroz, costela, picanha, alcatra e salada de maionese.

- Estômago: - Chega de carne, cara, não cabe mais nada aqui. Lembra daquela úlcera? Tá faltando pouco pra cicatriz abrir. Tu quer fuder com tudo, né ? Manda um pouco de água.

Bebida: Coca-Cola 600ml

- Estômago: - Seu imbecil, eu falei um pouco de água.
- Eu: - Ué, Coca-Cola tem água. E ainda ajuda a dissolver a carne.
- Estômago: - Coca-cola tem o inferno dentro, porra. Tá fudendo aqui com o suco-gástrico.
- Esposa: - Amor, com quem você tá falando?
- Eu: - Nada, não, tô pensando alto.

Sobremesa: 300g de pudim.

- Estômago: - Eita porra, cabe mais não. Tá ouvindo?
- Intestino: - O que tá acontecendo aí em cima? Que zona é essa?
- Estômago: - O cara tá empurrando comida. Agora veio pudim pra dentro. Não sei mais o que fazer..
- Intestino: - Vamos mandar direto.
- Estômago: - O quê?
- Intestino: - É isso aí, operação descarga.
- Estômago: - Cara, o cérebro não vai gostar.
- Intestino: - Foda-se o cérebro, ele nunca veio aqui em baixo pra saber como são as coisas.
- Estômago: - Vamos dar mais uma chance pra ele. Eu acho que ele não vai mais...

Bebida 2: Cafezinho.

Estômago - Filho de uma puta. Vou explodir.
Intestino - Operação descarga iniciando. Anda, libera o canal do duodeno que eu já tô conversando com o esfíncter.
Coração - Que que tá havendo aí embaixo? A adrenalina tá aumentando muito.
Intestino - Operação descarga.
Coração - Quem autorizou isso? O cérebro não me mandou nada.
Estômago - Foda-se aquela geléia! Nem músculo tem..
Intestino - É isso aê, foda-se essa géleia inútil. Vinte segundos pra abrir o esfíncter anal. Quero ver o ânus arder com esse suco gástrico.

Esposa - Amor, você tá passando bem? Tá suando todo, aonde você vai?
Eu - Preciso ir ao banheiro, urgente. Paga a conta e me espera no carro.
Esposa - O que você comeu?
Eu - Não sei. Acho que foi o tomate.


P.S: Meu estômago já falou comigo várias vezes, agora ele manda um assistente doer...
P.S2: Feriadão + Final de Semana promete (Queria ir pru Maraca)

SRN!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Confortavelmente entorpecido

Olá?
Há alguém aí?
Acene se você puder me ouvir
Há alguém em casa?
Agora, vamos,
Ouvi dizer que você está mal
Bom, eu posso diminuir sua dor
Te deixar de pé de novo

Relaxe
Eu preciso de algumas informações primeiro
Apenas coisas básicas
Você pode me dizer onde dói?

Não há dor, você está desaparecendo
Como a fumaça de um navio
Distante no horizonte
Sinto você apenas em ondas
Seus lábios se movem mas
Não consigo ouvir o que você diz
Quando eu era criança eu tive uma febre
Minhas mão pareciam dois balões
E agora eu tenho essa sensação novamente
Eu não consigo explicar, você não entenderia
Esse não sou eu
Eu me sinto confortavelmente entorpecido

Ok
Apenas uma picada
Não haverá mais... aaaaaahhhhh!
Mas você pode sentir um mal estar
Você pode se levantar?
Eu acredito que esteja funcioando. ótimo.
Isso manterá você em pé
Vamos, agora você tem que ir

Não há dor, você está desaparecendo
Como a fumaça de um navio
Distante no horizonte
Sinto você apenas em ondas
Seus lábios se movem mas
Não consigo ouvir o que você diz
Quando eu era criança eu tive uma visão fugaz
No canto do meu olho
Eu me virei para olhar mas já tinha sumido
Eu não consigo alcançá-la agora
A criança cresceu e o sonho se foi
Eu me sinto confortavelmente entorpecido

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SRN