Enjoy!
No caminho para o meu trabalho hoje me deparei com uma situação que me deixou no mínimo perplexa. Saí de casa me despedindo de Dona Raimunda, subi a ladeira da minha rua, um sol brilhante e um calor tremendo, na medida em que vou me aproximando da parada de ônibus vou escutando uma voz forte falando com alguém, essa voz parecia brigar, mas eu não escutava outra voz, era um monólogo, cheguei até pensar que seria mais um desse tantos doentes mentais que vagam por essa cidade devido ao descaso do Estado e da família. Quando então cheguei e pude ver, era um Senhor entre os seus 50 e 60 anos, maltrapido, e por suas características com mãos calejadas, pés com rachaduras profundas e muitas manchas de sol na pele concluí que seria um trabalhador braçal. E ao lado dele estava um garotinho com os seus 7 anos mais ou menos(seria filho? Neto? Não sei), com o seu livro escolar na mão fazendo(ou tentando fazer às duras penas) o seu dever de casa). O Senhor o ensinava em seu dever de casa da seguinte forma: “Eu já não falei que é “a”?! Você é foda! Para de escrever tão forte cara! Tem que escrever mais ligeiro e assim você demora mais! Porra! Você não aprende mesmo... E é pra você passar vergonha mesmo, pq quem sabe, assim você aprende!” O menino em sua inteira resignação não expressou absolutamente nada que o contrariasse. Naqueles instantes eu fiquei em choque, como poderia alguém tratar tão mal uma criança? Fiquei a pensar.. se ele faz isso na rua.. imagina o que não faz em casa! Me veio uma imensa vontade de chamar a atenção daquele Senhor... Dizer que ele poderia ser preso por maus tratos, que aquela criança tinha direitos à dignidade.
Mas como chamar a atenção? E se ele por capricho ou vingança machucasse mais aquele garotinho posteriormente?? Me vi impotente. O máximo que fiz foi olhar para aquele velho com cara de espanto com a boca aberta, não queria acreditar que aquilo estava acontecendo, pedi à Deus pela vida daquele menino, para que o Senhor desse forças e que aquilo não se tornasse exemplo de vida para ele e nem mesmo em traumas psicológicos. Até que chegou o ônibus deles e os dois seguiram caminho.
Fiquei pensando no que tinha visto, aquele senhor não deveria ter nenhum grau de educação, nada muito além da alfabetização, estava ao seu modo errado, a ensinar algo que ele considerava essencial para aquela criança.
E me questionei, em determinadas fases de nossas vidas, a gente pode agir assim, achando que ta fazendo o certo, que é o melhor para alguém, e que daquela forma vai dar certo(ao nosso bel método, pq somos no mínimo deuses! Ou só pq temos alguns anos de vida a mais) e nem percebemos como machucamos alguém. E pensei mais, isso tudo só acontece quando nos achamos sabichões demais e nos esquecemos dos ensinamentos de Deus.
Seja rico, seja pobre, alfabetizado ou não, não adianta, a sabedoria só vem de Deus. Talvez aquele velho estava dando o melhor de si para aquele garoto, mas com certeza não era com a inspiração de Deus e sim por si mesmo, por seus próprios esforços.
Talvez você já tenha ouvido falar naquela expressão: “ninguém dá o que não tem”, mas é inadmissível falar que um ser humano que tenha conhecimento da existência de Deus e da vinda de Jesus não seja capaz de dar amor por pior que as pessoas tenham sido com ele. Pois Deus o amou e fez chegar até os seus ouvidos o que Ele fez por nós na cruz. Deus nos amou primeiro, e não há que se falar em “pq não teve amor da família ou dos amigos ou do cônjuge”
Somos nada sem Deus, ensinar ao modo errado, se a outra parte não tiver sustentação divina ela não chegará à lugar algum, por melhor que tenha sido a intenção do primeiro. E isso, se, não causar transtornos graves.
Somos nada sem Deus, ensinar ao modo errado, se a outra parte não tiver sustentação divina ela não chegará à lugar algum, por melhor que tenha sido a intenção do primeiro. E isso, se, não causar transtornos graves.
Nós somos o que desejamos ser. Eu quero uma vida de propósito divino, pq é a melhor pra mim e para o meu próximo. E você?
Elizabeth H.
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