Nos dias de hoje, com a globalização, recebemos muitas informações, sejam elas através da televisão, internet, jornais, revistas, outdoors, em conversas, sejam elas familiares, no trabalho, na escola, ou apenas entre amigos. Com isso, vamos formando opiniões, idéias, aguçando a curiosidade, enfim, percebendo o mundo, e criando nossa própria visão sobre ele.
Quando entramos na escola, já temos alguns conceitos, apreendidos ao longo do crescimento, mesmo que pequeninos, recebemos informações, estamos em processo de formação da nossa personalidade. É nesse momento que começam as dificuldades. Já trazemos alguma bagagem, mesmo que pequena, coisas do dia-a-dia, rotina com familiares, já temos algum tipo de leitura do mundo, o que nos foi mostrado e o que já percebemos ao nosso redor.
Os métodos tradicionais em que fomos alfabetizados, nos impõem o dali pra frente, como se não tivéssemos tido vida antes daquele momento, não levando em conta sua cultura, sua religião, sua classe social, a sua visão do mundo. Há que se lembrar que cada um traz seus aprendizados, formas de educação diferente, uns mais liberais, outros mais rígidos, lar de pais separados, lar de pais apaixonados, lar com amor, lar com brigas. E nos é imposto aquele método, rígido, sem observar a vivencia de cada um, não observando que a turma é heterogênea, que são crianças diferentes.
O ler o mundo é engraçado, é curioso, temos um mundo a descobrir. Aprendemos coisas com avós, que não são ensinadas na escola. Aprendemos com o próprio mundo que não devemos pegar na panela quente no fogão porque ela queima. Quando não sabemos ler a palavra escrita, muitas e muitas vezes entendemos os significados de outdoors, de comerciais, pelas figuras, pelos sinais, coisas que, às vezes, quem lê não entende. A mente é aberta, receptiva a todas as informações. E isso é gostoso, cada um com suas experiências.
Poderíamos, e quando digo poderíamos, temos que nos unir pra que isso mude na geração que nós vamos criar, tentar mudar essa situação. Procurar manter sim a heterogeneidade existente, implantando nas escolas, através de nossos próprios filhos a interação, o saber que existe antes do ler no sentido literal da palavra. Mudar o sistema é difícil, mas basta força, união, conversas, pois como falei no início do meu texto, conversando mudamos de opinião, criamos idéias e assim talvez percebamos que o mundo está mudando, e que nós somos os responsáveis por isso.
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